quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O SAL DA IDADE

Ai que saudade da felicidade!
saudade das coisas miúdas que você me trazia nas mãos,
em uma caixinha, em um saquinho preso com fita vermelha...

Ai que saudade do café fresco
dos pares de meias organizados em fileiras

Ai que saudade do brilho no piso,
do almoço na hora do almoço
da cama na hora da cama.

Das janelas abertas, eu não vejo mais as maritacas
Não ouço seus gritos fritos de alegria
Neste sol de Dezembro.

Não me deixaram nem o recomeço como presente...
Por isso tenho tanto medo
de cortar esses meios.

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