contei todos os dias
uma cortina que chovia fina
nas telhas de verão -
e as mangas tomaram tom
de querer comê-las
as folhas do calendário caíram
os números à beira do abismo à meia noite se viam.
contei a vida de todos os dias
interrompi o sino
fiz sinal fechado
atravessei o tempo
desafinei no asfalto
a madrugada era branca -
contei dois ventos.
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