quinta-feira, 14 de maio de 2009

EU SOU A TEMPESTADE (fernanda cordeiro)

Sobre a terra, diante do mar
O sonho, o lugar, o não lugar
Ferir o vento com um punhal de ouro
Domar as ondas, usar as mãos, acertar os ponteiros
Viajar na imensidão azul, na solidão residir
Sentir o perfume das rosas,
Abraçar o buquê sabendo que os espinhos são muitos


Sobre a terra, diante do mar
A beleza das rochas
O céu, as nuvens,
A tempestade chega suave...
Não avisa, brisa!
Leve, não avisa, brisa!

A ilha perdida, o tempo perdido no olhar.
O veleiro na tela, as margens da tela.
Vai cair no abismo, horizonte, abismo

Vai levar a sorte, levar o sol, levar a lua

Sobre a terra, diante do mar
Existe tudo, todas as coisas em uma só
Existe ar, muito espaço, nós,
Existe sim...
Muitos espaços, muitos nós.

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